O Brasil é mesmo o país do futebol?

por Maria Beatriz Lobo - maio 29th, 2011
Eu sou uma das mulheres que, cada vez em maior número, acompanha, entende as regras e gosta de vários esportes. Eu assisto e gosto de quase todos, do futebol ao esqui, do boxe à ginástica artística, passando pelo sumô, futebol americano, automobilismo e ultimamente até MMA (culpa de meu marido que gosta e eu como adoro estar com ele vou aprendendo a gostar de outros esportes que antes eu não assistia). Quando estou fora do Brasil chego a acompanhar os jogos de inverno e até campeonato de dardos (Let’s play dards!!!). Já saí daqui exclusivamente para assistir às finais da Master Cup em Londres e ver o grande Roger Federer jogando com os melhores da temporada de 2009.
Há muito tempo fico surpresa com o absoluto e abrangente reconhecimento do talento dos jogadores de futebol brasileiros no exterior. Apesar de, pelos resultados do nosso volêi, achar que nascemos mais para jogar com as mãos do que com os pés, seja nas quadras ou nas praias, são os nossos ícones do futebol que encantam o mundo.
Motoristas de taxi, recepcionistas de hotel, policiais, guias, garçons, enfim, onde vou e alguém pergunta de onde somos, ouvimos logo: Ronaldo? Ronaldinho? Kaká? E se for alguém mais velho há a eterna reverência ao rei Pelé! Uma admiração genuína, por vezes quase invejosa, da imagem de um povo bom de bola e de festa, um povo feliz! É o que muitos realmente pensam…
Assistindo ontem à final da Liga dos Campeões da Europa, Barcelona X Manchester, além de um belo jogo e do show de Messi, não pude deixar de fazer algumas comparações e análises inevitáveis diante da proximidade da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 que serão sediadas aqui.
Em primeiro lugar vamos ao aspecto de logística e infraestrutura: nossos estádios são uma vergonha! Nenhum tem sequer metro acessível, o torcedor é tratado com absoluto desrespeito, sem direito ao conforto mínimo que se espera e que é dado em outros países até “menos ricos”, gramados piores do que os de muitas residências (lá até onde neva o gramado é melhor), vestiários ridículos, cambistas e sistemas de venda de ingressos torturantes e escorchantes!
Olhando do ponto de vista do evento em si, chamam a atenção a organização em tudo e a convivência de torcidas rivais. É verdade que há casos horríveis de violência em estádios e nas ruas em alguns dias de jogo de certos times no exterior, mas como lá se toma medidas, o jogo de ontem e a maioria dos jogos segue tranquila como não ocorreria em nenhuma grande final deste porte no Brasil.
É patente o respeito maior aos árbitros (não se vê jogador peitando, ou o jogador que parte para cima do juiz logo é enquadrado na Europa e fica mansinho…) mesmo quando erram, porque eles também erram lá, enquanto aqui não só os palavrões, mas o enfrentamento físico com os árbitros, juiz ou bandeirinha, é sistemático, quase sempre feito em grupo e de forma acintosa.
Os técnicos de lá vibram, cobram e dão orientações, mas nada parecido com o que os nossos fazem na beira do campo. Aquelas cenas patéticas. Parece que lá é um espetáculo, aqui é um guerra!
Por fim, o jogo! Qual time brasileiro joga hoje com a bola no chão, sem desperdiçar bolas alçadas na área sem qualquer efetividade, sem dar passe pro lado como único objetivo da maioria dos jogadores e sem buscar a falta (para matar a jogada, ou simular uma forçada para ganhar uma bola parada) já que há muito tempo os nossos times mais faltosos só levam vantagem e a sessão do cai-cai e do empurra-empurra é vergonhosa.
Temos jogadores talentosos? Até demais diante das condições em que esses jovens foram criados (a maioria na maior miséria) que só aparecem porque o tamanho da população e a quantidade de praticantes é que explicam, mesmo, este manancial de novos jogadores que surgem país afora, em especial nas peladas e nas quadras de futebol de salão que dão ao brasileiro essa ginga e esse drible curto que tanto espantam o mundo até hoje.
Terminou o jogo e pensei, sinceramente, que quando a TV 3 D for uma realidade acessível como é a TV de LCD hoje, com a violência no campo e fora dele e os tapetões, os nossos estádios, aqueles que forem finalizados para a Copa (quantos serão mesmo?) ficarão às moscas ou serão palco de shows de rock, porque de bom e organizado futebol é difícil de acreditar.
Não acho que devemos ver o nosso futebol e o carnaval como o circo de um povo sem pão. Eu acho que ambos são o espelho do que somos, do que aceitamos, do que permitimos fingindo que ainda somos muito melhor do que a realidade.
Podemos ganhar aqui e acolá alguns campeonatos e uma copa parece que apaga qualquer coisa, mas nada como uma partida como a de ontem para mostrar o nosso atraso. Até aquilo em que nós nos achamos os melhores teima em nos provar que estamos ficando para trás. Até no futebol!
Em tempo: meu marido ainda defende que os europeus chutam a gol muito melhor que nós, pois eles treinam sempre e nós só fazemos aquela famosa roda de bobinho….

Vida fácil essa de consultor, hein?

por Maria Beatriz Lobo - maio 27th, 2011
Ter uma consultoria, ao contrário do que tem sido mostrado esta semana nos jornais, não representa vida fácil não!
Quando deixamos nossos últimos cargos executivos em instituições de ensino superior, eu e meu marido, Roberto Lobo, consideramos que nossos vários anos de experiência e de estudos em gestão universitária seriam um patrimônio intelectual e gerencial importante para repassar a outros gestores ou instituições, do setor público ou privado, que quisessem se aprimorar em projetos institucionais, ou mesmo individuais e criamos a Lobo & Associados Consultoria.
Lembro-me bem que, na época em que iniciamos nosso registro na junta comercial (1999), Roberto pesquisou quais poderiam ser as outras denominações comerciais aceitas para representar melhor o que queríamos fazer sem confundirmos com o que tanta gente acha que são as consultorias em vários ramos.
Não encontramos, pois os similares (assessorias, projetos, etc.), no fundo, tinham o mesmo significado e representavam o mesmo desgaste pelo qual sempre teríamos que passar, pois já achávamos (e achamos cada vez mais) que o profissional consultor, ou consultorias estão muito desacreditadas, em virtude das desconfianças que acompanham sua origem (quem sabe faz, quem não sabe vira consultor…lembram da piadinha?), agravadas a todo instante pelos fatos como os que ocorrem na política no Brasil, mas não só nela, pois é terreno fértil para problemas deste tipo toda atividade que possui alguma ligação de ordem cartorial, ou de financiamento com órgãos de governo que exijam autorização, concorrência, licitação,  etc. Não sou eu quem diz, é só olhar os jornais….
Nosso temor e aborrecimento se baseiam em vários fatores. Um exemplo é que qualquer pessoa pode se autodenominar “consultor”, pois a atividade não exige formação específica, registro ou comprovação de competência, sendo que a última, aliada a seus resultados concretos deveriam ser suficientes para o sucesso deste tipo de empresa. Dezenas de propostas são solicitadas apenas para comprovar a contratação por preços menores, (o que seria ótimo se esta for sempre a razão), independente da qualidade técnica e experiência comprovada do proponente.
Corre-se o risco de ver (sem saber muitas vezes) seu currículo ser usado para disputar um contrato com um recém-graduado, ou com outras empresas que nem atuaram no seu ramo (planejamento estratégico em uma empresa é diferente em uma universidade, para citar um exemplo), ou com quem vai copiar um projeto, ou processo já aprovado (de onde decorre o preço altamente competitivo…). Ou seja, não uma tomada de preços sadia entre propostas de mesmo nível, mas o que pode ser até um disfarce para dar base a uma decisão já antecipadamente acordada.
Tenho certeza que, como a nossa, outras consultorias são sérias e competentes, mas o que quero tratar aqui não são as nossas qualidades (que viraria autopropaganda), mas usar situações que vivi (como apontei acima) para mostrar alguns dos problemas e contradições existentes no “sucesso” que ex-membros de governos alcançam como consultores, ou empresários quando saem ou estão em fase de transição de poder, pois há aspectos que considero muito mal explicados.
Que tal o argumento do sigilo de quem são os clientes? Pode existir esta cláusula? Claro que pode, mas não é praxe nas consultorias (que não tratam de patentes, segredos industriais, ou outras específicas que não conheço como operam), porém, o comum, ou o mais usual é a obrigação de sigilo sobre os dados utilizados e os resultados obtidos sobre o trabalho realizado (no nosso caso, os dados da instituição que usamos para fazer uma análise de gestão financeira, ou para criar um novo curso, por exemplo).
Não divulgar quem é, ou quem foi nosso cliente não é comum e nunca apareceu para nós como uma exigência de qualquer de nossos contratantes que compõem nossa carta de referência, como ocorre em outras empresas que prestam serviços cujos resultados são difíceis de dimensionar quantitativamente.
Por esta razão, os ex-clientes são a maior fonte de propaganda de uma consultoria, pois é por meio de acesso a eles que um interessado pode medir o grau de satisfação com os trabalhos já realizados, a medida mais concreta do sucesso de uma consultoria em qualquer ramo.
Depois, nem sempre é a consultoria quem tenta “vender dificuldades para criar facilidades”, como podem pensar alguns, pois há vários tipos de pessoas e empresas que buscam consultorias (em especial no Brasil e em particular nas áreas em que o funcionamento da empresa passa por processos junto a órgãos governamentais) para ajudar naquilo que consideram processos burocráticos cujo acompanhamento próximo junto ao agente público poderia em tese, gerar maior agilidade ou benefícios.
Até chegarmos a cerca de 5 anos de atividades na consultoria, mais da metade de pessoas que nos procuraram acreditava que esse era o papel de uma consultoria e/ou só estavam dispostos a pagar por este tipo de serviço de “acompanhamento de processos”, mas não definitivamente não somos adeptos desta prática. Não vejo porque dar nomes aqui pois não fazemos papel de polícia.
Não posso precisar o número, mas centenas de vezes, meu marido e eu delicadamente (na maioria das vezes) explicávamos que não víamos nenhuma razão para “pagar para o galo cantar”, pois o sol nasceria de qualquer forma se o projeto fosse realmente bom e esta tem sido a nossa experiência, mesmo sabendo que projetos ruins são aprovados também.
Ainda sentimos quão difícil é convencer os novatos, ou mal acostumados que vale muito mais a pena fazer bem feito do que pagar para aprovar o mal feito. Temos certeza que existe por aí muito galo ganhando sem trabalhar, pois o sol vai continuar nascendo mesmo sem eles cantarem.
Com o tempo e o conhecimento recíproco (nosso do mercado e vice-versa), esta situação embaraçosa diminuiu bastante e quase não recebemos mais pedidos dos que estão buscando uma possível vantagem do uso do nosso nome sem que tenham que desenvolver um projeto concreto de qualidade (o que não deixa de ser um processo educativo ou seleção natural), aquilo que fazemos bem e que embasa nossa credibilidade, o que vem retroalimentando o que disse antes: quando ambos são sérios, contratado e contratante, não escondem e até fazem questão de tornar público quando tomam serviços de consultorias sérias e bem conceituadas no mercado. Isto é o usual.
Os casos em que isto não acontece podem até existir em ramos específicos, mas não deveriam acontecer, em minha opinião, com empresas chefiadas, ou que pertençam a recém-saídos, ou prováveis integrantes de chefias de órgãos públicos, ou de membros de setores-chave de governo em todos os níveis, federal, estadual ou municipal.
Existe quem participe de órgãos decisórios de governo e que são consultores de conhecimento público de instituições que dependem de decisões destes órgãos. Que tal ser membro do júri e advogado de defesa do réu ao mesmo tempo? Pode?
Essa zona sombria na qual transitam pessoas e negócios que envolvem dinheiro público é mal regulada, em especial no Brasil, pois diferentemente de outros países que tentam (ou tentaram) por um freio no tráfico de influência (pois acabar acredito que seja impossível), aqui no nosso país tropical até quando um projeto ganha por mérito corre-se o risco de ser acusado de ter tido um “empurrãozinho”. Ou seja, o sério e correto é tratado e visto quase sempre como exceção e não é de hoje, não!
Por estas e outras razões, em nossos contratos já fazemos constar aquilo que não fazemos, em nenhuma circunstância. Como costumo brincar “somos Lobos, mas não somos lobistas”.
Consultorias sérias e competentes já recebem clientes selecionados a priori, pois com o tempo, o meio já sabe quem faz e quem não faz, quem encontra soluções viáveis (mas há quem acredite que quem é sério não tem jogo de cintura para resolver problemas com criatividade dentro da legalidade e financeiramente vantajosas) e quem aponta caminhos mais fáceis e menos “legítimos” e cada um busca empresas com o perfil que deseja.
Agora ouvir que uma empresa recebeu como adiantamento de “pagamento pelo encerramento antecipado dos seus contratos” metade do seu faturamento do ano anterior, (já alto, aliás!) é um deboche, pois a praxe é de que, ao encerrar unilateralmente um contrato por livre vontade, o prestador de serviços, no caso a consultoria:
- tem que entregar o trabalho contratado (ou seja, adiantar os prazos e realizar o que foi acordado com muito mais agilidade, o que no mínimo demonstra equívoco no estabelecimento dos prazos anteriores); ou
- pagar multa contratual (que pode ser bem alta pela perda de oportunidade, de tempo e/ou de esforço por parte do contratante), no lugar de receber por encerrar o contrato antes do tempo.
Achei bom explicar tudo isto porque se tudo foi feito dentro da legalidade é só uma empresa explicar e comprovar para não fomentar equívocos.
Está mais do que na hora de separar o joio do trigo e o mercado sabe muito bem o que é um e o que é outro, mesmo que muitos ainda acreditem ser melhor buscar o caminho mais curto ou mais fácil (e quase sempre mais arriscado!) ou, na melhor das hipóteses, meios que não justificam os fins.

Onde estão nossos valores: será que estou fora do eixo?

por Maria Beatriz Lobo - maio 27th, 2011
Para começar este texto preciso dar crédito à autora desta frase, uma amiga querida que há muito tempo cuida da minha estética, pessoa que respeito pelo profissionalismo, simplicidade e bom senso. Conversamos muito, sobre quase tudo, durante nossas sessões estéticas, a exemplo de outras profissionais que cuidam de mim e com quem tenho relações de amizade e altos papos.
Hoje, mais uma vez, nos perguntamos: o que está acontecendo com o mundo? O mundo inteiro não, o nosso mundo, nosso país, nosso povo, com a sociedade que nos rodeia, o nosso próprio meio!
Não nos reconhecemos nisso tudo que está aí, ela e eu, e muito mais gente com quem converso – seja os funcionários no trabalho, clientes, amigos, pessoas comuns que conheço como motoristas de taxi, vendedores, enfim, mais gente do que se imagina – que está profundamente preocupada, decepcionada, espantada, se sentindo impotente e indignada com os rumos que estão sendo tomados, com a falta de valores que nos cerca.
Como tudo que defendíamos parece que ficou anacrônico…fora de época, como se fossemos uma minoria idiota porque defendemos coisas óbvias (e que são valore sim e não um simples modismo ou um discurso vazio) de quem é e quer continuar sendo correto pois nem sabe ser diferente, pois a verdade é esta: ser honesto, ser ético para quem o é não é uma opção, é um comportamento permanente e a forma de ver a vida e de lidar com ela e com as pessoas que deriva do próprio caráter!
Por que somos vistos como uma caricatura de autoritarismo ou de conservadorismo que parece ser o rótulo carimbado nas pessoas que trabalham e defendem valores como honestidade, ética, trabalho, coletividade, educação, respeito ao outro, enfim, tudo que está sendo absolutamente ultrajado no nosso cotidiano e no que vemos na TV, nos jornais e no comportamento de tanta gente?
Minha amiga chegou a dizer que, por vezes, se pergunta se não somos nós que estamos erradas, pois ela não encontra quase quem defenda os mesmos valores que acreditamos, e contou que acaba querendo saber se não é ela que está fora do eixo, fora de moda, fora do padrão.
Eu digo que não, ela não está fora do eixo, mas parte grande de nossa sociedade est, mas que acho que uma pequena parcela parece que está acordando ou começando a se exasperar com a situação em que nos encontramos.
Não somos regra, somos sim exceção, que é tratada quase como uma aberração ou com o cinismo de quem pensa que dinheiro, posição ou poder pode tudo e tudo compra.
Nem precisa de grandes referências e estudos para ver que nossa sociedade está na novela que passa no horário nobre, onde todos estão dando golpe (ou tentando dar) em todos e onde os poucos patéticos personagens sérios e corretos aparecem como figuras ou histéricas, ou chatas e por vezes ambas e também burras a ponto de cair em todas as “sacanagens” da maioria que apronta de tudo.
Não há um capítulo em que alguém não esteja enganando alguém, há uma apologia da infidelidade, um acinte às pessoas de bem que só assistem corrupção, golpes financeiros e crimes de todos os tipos, cada um tentando subir nas costas do outro para ter mais, ser mais, poder mais.
Os honestos, corretos e crédulos são personagens que só servem de “escada”, pois ou são assassinados ou passam a novela toda no sofrimento decorrente das dezenas de barbaridades que todos os dias o autor se esmera em inventar e que, tenho certeza, tem origem em fatos reais e/ ou super factíveis.
Aposto que vão dizer, ou pensar: Bia, você está é defendendo a censura, o fim da liberdade de expressão! Não, só estou defendendo o que as pessoas sérias aprenderam que tem o dever de sempre proteger: a consciência ética.
Espero que nem tentem ou não queiram me consolar dizendo que o mundo inteiro está assim porque simplesmente não é verdade. Esta é uma falácia que só ajuda a manter este estado de coisas.
Muitos países do mundo (a maioria mais adiantados e, em alguns casos, até alguns muito mais atrasados em alguns indicadores econômicos que o nosso) adotaram regras rígidas para proteger os valores, estes valores que constroem uma sociedade sadia, mais idealista, mais preocupada com coisas construtivas e com o conjunto das pessoas. Não é pieguice não!
Há lugares, sim, nos quais os jovens não são vistos na rua sozinhos ou em bandos sem um responsável após certa hora, hora esta em que os nossos jovens aqui começam a se arrumar para ganhar a noite na balada.
O que tem de bom para um jovem na rua de madrugada além da violência, álcool, drogas, riscos e desvarios? O que há nesta vida que os fazem mais felizes do que nós éramos, ou do que outros jovens de países que exigem e dão mais aos jovens do que nós? Digam-me: o que há de bom que não possa ser feito mais cedo, ou nas nossas próprias casas?
Será que sou eu quem está fora do eixo, minha amiga?

Por que muitos pais não conseguem mais impor limites aos filhos?

por Maria Beatriz Lobo - maio 20th, 2011
Um dos assuntos que eu sinto ser mais sensível, mas ao mesmo tempo mais presente no cotidiano das famílias se relaciona à forma como os filhos estão sendo criados e à sensação de que, sob muitos aspectos, os nossos jovens (desde crianças e as crianças também) parecem ter “saído dos trilhos”.
Eu sei que é polêmico e que ninguém gosta que falem dos nossos filhos, que dirá de como nós os criamos, mas não consigo me calar diante da omissão quase generalizada que vejo nos mais diferentes tipos de família – casais novos ou não, ricos ou pobres, com escolaridade alta ou não, enfim, com raras e honrosas exceções.
Para que todos acompanhem onde quero chegar, preciso apontar uma referência: tenho quase 50 anos (faço em abril de 2012) e me considero a geração “sanduiche”: não vivenciamos o rigor (considerado, por muitos, autoritário) da criação de nossos pais, mas também não aprendemos a lutar por um ideal, ou defender valores que se contrapõem ao individualismo, materialismo e imediatismo que vemos hoje.
Parece que quem viveu o auge da ditadura e lutou pela liberdade de expressão achou que deveria seguir a mão aposta de sua criação na adoção e aplicação de valores quando chegou a hora de educar seus próprios filhos.
Uma negação do passado, uma tentativa de romper com o que poderia ser ruim, mas radicalizando para o outro extremo: não vou criar meu filho(a) como fui criado e quero ser amigo(a) dele(a)!!!
Isto foi o que eu mais ouvi e até achei que poderia ser um grande avanço para a sociedade, mesmo não sentindo a mesma necessidade, pois olho para trás e vejo que mudaria muito pouco na minha criação e, ao olhar o resultado e vendo como me sinto e sou vista hoje me dia, acho até que poderia (sem falsa modéstia) dizer que tem muito mais de meus pais em mim e de mim em meu filho do que eu imaginava e me orgulho muito disto!
Quando digo que nunca serei “amiga” de meu único filho (escandalizando muitos educadores e contra a maré que acha isso o máximo!) eu tento explicar que ter amizade por alguém (e tenho uma agradável e saudável amizade e admiração por ele) não significa que eu me relacionarei com ele como se ele fosse meu amigo, porque simplesmente ele é meu filho!  Ser amigo significa abrir mão, necessariamente, de uma relação de autoridade (não de autoritarismo, vejam bem), pois amigos estão no mesmo patamar, condições iguais, regras iguais, direitos iguais e assim por diante.
Só que eu fui (até ele completar 21 anos) e ainda me sinto responsável por muitos aspectos da vida dele e de sua formação/educação e para exercer esta responsabilidade, conversando sempre quando possível e determinando quando não há outro jeito, eu nunca abri, ou abriria mão de minha autoridade de mãe.
Os pais são responsáveis não só em prover sustento e dar amor incondicional aos filhos (mesmo descobrindo depois com tristeza que para muitos a recíproca não é verdadeira), mas por passar seus valores e sua visão de mundo para que eles possam, mais preparados ou mais velhos, aí sim, analisar e optar se querem, aceitam ou rejeitam estes valores.
Enquanto eles não podem, sozinhos, construir ou adotar seus próprios valores, cabe aos pais garantir (ou pelo menos tentar e nunca se omitir) que nada do que tenha peso concreto – na formação da personalidade, na orientação das atitudes e na própria conformação de seu corpo e de seu caráter – deixe de passar por seu crivo, sua opinião e, sim, também por sua decisão.
Voltando à minha geração (e às que se seguiram), fomos criados experimentando a liberdade de exigir uma explicação para tudo, de discordar ou de não fazer sem sofrer as consequências e de cobrar muito sem sermos cobrados de quase nada. Quem não se sentiu ou não vê agora que tudo que damos a eles é pouco e tudo que eles fazem é por demais…tudo – chato, cansativo, ultrapassado, desnecessário etc e tal?
Tivemos tudo, muito mais do que a maioria de nossos pais teve acesso, e evoluímos enquanto sociedade em vários aspectos, principalmente em relação à igualdade de direitos, à liberdade de escolha e ao alcance de oportunidades.
Mesmo assim, não acho, sinceramente, que fizemos bom uso destes avanços, e vejo vários e importantes retrocessos, pois ao usufruirmos da liberdade da escolha (ou por necessidade) de trabalhar, por exemplo, muitos pais resolveram compensar suas ausências com bens materiais, a calar os gritos e esperneios com a babá eletrônica da TV e a diminuir o cansaço do dia dizendo sim a tudo que insistentemente é “requisitado” pelos pequenos grandes tiranos em que nossos jovens se transformaram.
Passamos a chamar de espertos e sadios os mal comportados e impacientes, de garotos com personalidade os respondões e grosseiros, de independentes os arredios e insubordinados. Quem levanta a mão (da consciência, é claro) e pode dizer que tem um filho(a) de fato, bem educado(a), como acredita que alguém assim deve ser? Se formos criteriosos com eles como somos com os filhos dos outros, poucos podem dizer que sim.
E a principal razão é que hoje é socialmente criticável assumir que como pai ou mãe a gente toma uma posição e a defende. Quem faz isto olha para o lado e se sente só, pois é “bicho raro” como se diz.
Afinal, como dizer não se eles trazem o irrefutável argumento de que “todos os meus amigos tem”, ou “por que só eu não posso ir se os pais dos meus amigos todos deixam” e, aí, viramos reféns de nosso medo e comodismo de dizer: não vai porque não é adequado à sua idade, não dou porque não tenho a mesma condição do pai de seu amigo (ou mais difícil, porque mesmo podendo acho que não devo) ou não deixo porque discordo com o que está acontecendo e assim por diante.
Criar filhos não é uma responsabilidade somente, é um compromisso nosso conosco (engraçado este termo, mas é assim mesmo, parece algo como “fiz por mim mesma”, sabe?), com o que defendemos, com eles e com a sociedade. Um compromisso que não acaba nunca! Não é fácil dizer não e impor limites, ainda mais quando já sabemos que poucas, para não dizer que quase ninguém tem a coragem de apoiar aqueles que tentam fazer isto com todo esforço, boa intenção e disposição enfrentando todo “mico” que isto representa no seu dia a dia.
Pois educar não é dizer não hoje e amanhã ceder para “não viver brigando” pois temos nossas convicções. Ou não?
Quantas vezes criticamos o alheio e não percebemos que se a “super nany” passasse lá em casa, é quase certo que nos diria que temos que tomar algumas lições!
Ainda vou falar muito disso, pois acho que esta é uma das principais raízes dos problemas de nosso País, que se estende para as escolas, para o convívio social e para os valores que nós buscamos e defendemos (ou deixamos de buscar e defender). Sei que tem muita gente já está cansada e descrente, por isto eu digo para elas: não desistam, vocês estão certos, pois o fruto se colhe depois com a paz na consciência…
Será que isto é coisa só nossa? Será que o mundo inteiro está assim? Esta fica para a próxima.

“Os livro”: que tal isto ser aceito como português correto?

por Maria Beatriz Lobo - maio 18th, 2011
Pensei em iniciar meu Blog com algum tema ligado à minha experiência de vida, mas fui atropelada pela notícia de que o MEC manteve como livro de referência aquele mostrado no Fantástico que enfatiza que muitas pessoas cometem erros de concordância, mas que é correto falar “os livro”, desde que a pessoa tenha cuidado para não sofrer “discriminação linguística”.
Já tomei conhecimento pelos jornais de várias opiniões (a maioria contra e algumas a favor) e queria apenas contribuir para o debate dizendo que, como sempre no Brasil, com o objetivo de ser “politicamente corretas”, muitas pessoas trabalham com uma visão no mínimo curiosa do que chamam ”inclusão”. Ao pensar em defender quem fala errado afirma-se que o desejo é de inclusão, mas convenhamos que incluir no rol dos discriminadores quem critica a fala que fere a norma culta, isto é demais!
Uma coisa é exemplificar e demostrar que, desde o começo dos tempos, as sociedades encontram formas específicas de comunicação, muitas vezes distintas daquela que se considera a língua formal. Tratar este assunto não serve só para “incluir” os adultos que são semialfabetizados na sociedade intelectualizada.
Defendo que podem e devem ser usados vários exemplos de linguagens correntes (não só faladas) que caracterizam uma população, uma “tribo”, ou um conjunto de pessoas que adota códigos e simbolismos próprios (até neologismos)  e mesmo variações da língua pátria, já que o assunto não se resume a erros de concordância.
O que acho um verdadeiro escândalo – que é um demonstrativo fiel dos rumos que vem tomando a educação brasileira há muito tempo, mas que está se recrudescendo ideologicamente desde 2002 - é a defesa apresentada na obra citada de que falar assim “está correto” e pior, achar que em nome da “inclusão” se deve ensinar desta forma isto nas escolas.
O papel da escola é reconhecer o mundo real, sem deixar de identificar e transmitir a verdade, o que a sociedade em geral adota como padrão ou norma, ou como conhecimento adquirido e reconhecido como correto e isto serve para as línguas, as ciências, as leis, para tudo enfim. Esta concepção de que cada um tem seu próprio conceito das coisas e que todos os argumentos são válidos pois o importante é o discurso e não a busca da verdade é, na minha opinião, um retrocesso que não tem ajudado nada ao nosso país e à educação de nossos jovens.
Deve-se ilustrar as formas que são usadas na comunicação falada, mas não deveria ser permitido a nenhum professor considerar e ensinar como certo aquilo que foi definido e aceito como errado.
Exemplificando: vejam a forma como as pessoas se comunicam pela internet. Uma aula pode mostrar para exemplificar como estes “signos” agridem a linguagem culta, mesmo que todos saibam que serão aceitos em situações semelhantes, mas é obrigação da escola explicar e ensinar que a forma como se escreve na internet (com as abreviações e outros termos que remetem ao registro de como se fala) não é aceita e não deve ser utilizável onde é exigida a norma culta, pois a norma culta é o que se considera como o português correto.
Conhecer, aceitar que existe, entender onde se aplica (como também ocorre no caso da gíria) é muito diferente de afirmar como correto no contexto educacional, que não tem como único objetivo incluir os cidadãos que possuem deficiências de formação, mas principalmente a missão de transmitir valores, normas, conhecimentos e atitudes que são considerados corretos, verdades estudadas e admitidas como válidas nos preceitos definidos por um conjunto maior do que um grupo, uma escola, ou uma parte da população.
Que existe gente que fala assim, muita gente mesmo, existe é claro, mas a escola tem que explicar que escrever “os livros..” está errado e que as outras formas podem ser aceitas em determinadas situações, mesmo estando erradas! Ser aceito não significa que é certo. Este precisa ser o compromisso de um país, de uma sociedade, de uma escola e de um educador, caso contrário, vale tudo!
 

Só porque eu sabia que você vinha meu dia foi mais feliz!

por Maria Beatriz Lobo - maio 18th, 2011
Faço em setembro 14 anos de casada. Depois deste tempo todo, ainda sinto meu coração bater mais forte só ao escutar a voz dele ao telefone!
Cresci ouvindo minha mãe dizer e acreditando que o amor verdadeiro e eterno existia. Com o tempo, cheguei a pensar que não se pode ter tudo, então o jeito era escolher, ou aceitar que certas lacunas, incompatibilidades, desapegos e até graves incompreensões poderiam ser barganhadas por aspectos positivos do parceiro: se ele é bom marido, bom pai, ou bom provedor – então valia a pena abrir mão de outros aspectos, seja do romance, da paixão e até da felicidade, para nos contentarmos com os tais momentos felizes.
Queria que vocês soubessem que já sofri muito, que tentei de tudo, que acertei e errei, mas que depois de 35 anos de vida é que descobri que aquele amor que sempre acreditei existe sim, e como!
Não é contar vantagem, não é sorte (exige muito dos dois lados), não é fantasia, nem deboche com a tristeza alheia. É uma palavra de esperança para quem achava que só podemos viver na busca de migalhas de felicidade.
O amor verdadeiro é cotidiano e feliz na rotina (não na festa, com vestido novo, danças e taças de proseco). Quando estamos felizes com alguém, o simples fato de estar junto é a razão da felicidade. O dia muda, a vida muda e tudo vale a pena, pois nada é mais importante.
Ouvi a frase do título de meu marido e nos falamos todos os dias sobre o nosso amor que enche a nossa vida.
Amar é verbo intransitivo, mas exige convivência inteligente, bem humorada, muita afinidade e que se priorize realmente a alegria, a felicidade do outro. Porque se o outro estiver feliz e também priorizar a sua felicidade, então…!!!

Separação de casais: para quem o divórcio vira um inferno?

por Maria Beatriz Lobo - maio 18th, 2011
Há poucas semanas atrás, conheci um casal na praia e trocando aquele bate papo gostoso regado a caipirinha, soube que ele (separado faz pouco mais de 3 anos) sofria muito com o distanciamento dos filhos, que (na opinião dele) se afastaram em virtude das atitudes da ex-mulher que parece usar todo tipo de chantagem emocional e material para manter os filhos longe do pai e, mais ainda, da nova mulher que ele escolheu para viver.
Este é um assunto que eu posso dizer que não só conheço, estudei e vejo às dezenas, como vivi na pele (como se diz), pois já me separei e me casei com uma pessoa separada.
O que o casal nos relatou na praia é a situação mais corriqueira e não é só de ex-mulher não!
A imensa maioria dos casais que se separam enfrenta quase um desmanche da vida familiar ou uma guerra, em geral travada entre aquele que ”fica” (ou seja, quem não decidiu pela separação) com aquele que “vai” (que pediu a separação), mesmo que no começo, em alguns casos, o casal tente levar tudo de forma super civilizada, até….
Bem, até que entram as questões materiais, e/ou um novo parceiro para qualquer das partes, e, principalmente, problemas com os filhos. Aí parece que tudo se transforma! Vira um inferno na terra!!!!
Não quero tratar de nenhum caso em especial, mas apenas dizer que, quase sempre, independente de quem pede a separação (e de quem não pensava que a vida poderia mudar tanto!), os filhos são os que mais sofrem com uma separação.
Pais, atenção! Os filhos não devem ser obrigados a escolher um lado (como se fosse mesmo um jogo onde o outro lado é o time a ser vencido!), ou compartilhar da visão de apenas um dos dois (ou seja, um sempre será a vítima e o outro o algoz então só um pode ter razão e/ou ser apoiado).
Os filhos precisam é de orientação, inclusive para agir de modo a não fomentar ainda mais a discórdia e para não pensar apenas neles mesmos, como se só isso importasse.
Pois é muito comum os filhos agirem na separação pensando e de acordo com seus próprios interesses imediatos, sem qualquer convicção de certo ou errado, sem pensar e analisar a situação sob a ótica do casal (quando os filhos têm idade para isso) e a situação acaba propiciando o pior dos males: crianças, adolescentes e até adultos usam a separação dos pais para invocar direitos, ou regalias – nunca deveres – que só são possíveis pela fragilidade em que os pais se encontram.
Com isso, é comum ver pais que, com enorme sentimento de culpa, perdem totalmente o bom senso e não conseguem mais dizer NÃO! Ou então um colocar os filhos contra o outro, usando como argumentos provas de sua situação de vítima (nada melhor do que usar os filhos para encostar o outro na parede, não é?). Este é o jogo do vencer-perder, pois um lado só vence se o outro perde.
Amigos do casal muitas vezes também agem como os filhos, ou como crianças, escolhendo lados e incentivando birras e escândalos.
Nada disso contribui para a compreensão da situação, para a paciência necessária nesta fase que deve ser de transição e com a felicidade dos dois lados e dos filhos principalmente.
Quero terminar dizendo que sim, existem muitos casais que conseguem lidar bem (dentro do possível) com uma separação (independentemente do motivo que a causou).
Isto acontece quando, na maioria das vezes, um dos dois toma a dianteira e coloca as regras de forma justa e explica as situações sob a ótica da verdade e não do oportunismo e também sabe reconhecer defeitos seus, do outro e dos filhos (que não sempre anjos não!).
Com isto, consegue conduzir melhor a situação e levar todos a um bom porto, mas isto não significa que a convivência pacífica e até construtiva não dependa também de todos os envolvidos em diferentes níveis.
Ou seja, se aqueles que se separam conseguem conviver bem entre si e com seus novos parceiros, se os filhos conseguem aceitar e estabelecer uma forma de convívio digna e agradável com os pais, com seus novos parceiros e até com os filhos destes é porque a família resolveu manter a dignidade e fazer a verdade prevalecer. 
Ganha quem decidiu olhar para a família coletivamente, escolhendo a visão de que o bem estar e a honestidade das atitudes devem ser valores comungados por todos deste círculo e que consegue mostrar que isto é mais importante e maior do que qualquer bem material, ou se este, ou aquele tem razão no que fez ou deixou de fazer.
É o jogo do vencer-vencer, pois um só vence se todos vencem. Podem acreditar que é possível e vale a pena!

Por que este BLOG?

por Maria Beatriz Lobo - maio 18th, 2011
Há muito tempo eu tenho vontade de documentar ideias, pensamentos e mesmo opiniões que venho formando a respeito de muitas coisas ao longo da vida, frutos da minha própria vivência, de meu aprendizado formal e informal e, principalmente, da observação que faço da vida cotidiana e do comportamento das pessoas.
Afinal, é esta a minha paixão: entender as relações humanas. Foi este desejo que conduziu boa parte de minhas ações e até a escolha de minha formação (psicologia) e de minha atuação (educação e gestão).
Eu quero usar este espaço para dividir com os amigos e o público em geral que quiserem “viajar” comigo por diferentes enfoques de assuntos até comuns, mas que podem ser aprofundados, ou pensar em outras razões ou soluções para certos problemas, conhecer minhas opiniões sobre os acontecimentos mais recorrentes sejam eles sociais, profissionais, familiares, de relacionamento, políticos ou que tenham destaque na mídia.
Pretendo aproveitar esta ferramenta poderosa de comunicação para lançar algumas reflexões, preocupações e até mesmo minhas concepções em vários aspectos da vida sempre como pessoa e cidadã (não quero ter que usar teorias de referências, pois não escreverei invocando minha condição profissional ou social).
Cheguei a dar o nome no meu blog de “Miscelânea Crítica”, mas depois achei que seria difícil encontrarem o blog com este nome, mas que no fundo é isso, é mesmo!
Gostaria mesmo de ajudar a incrementar o debate de ideias e, mais ainda, contribuir com pessoas que ao lerem o que escrevo possam receber (e enviar) uma outra perspectiva de assuntos que nem sempre são abordados de forma racionalmente organizada, ou mesmo seguindo uma lógica baseada nos fatos, sem toques de misticismo, religião, autoajuda etc, mas naquilo que se vê e no que não se vê, mas é possível mesmo assim enxergar.
Com isso abro oportunidades de trocas, de aprendizados mútuos e da reciprocidade que tanto me atraem e ao mesmo tempo me desafiam.
Espero que gostem do que pretendo postar aqui e que se sintam ….em casa? Qual casa? Na sua, ou na minha? Na nossa! Bem vindos!
Bia Lobo