Dez Mandamentos para Fazer de seu Filho um Provável Delinquente! Post 47

por Maria Beatriz Lobo - maio 12th, 2012

Dez Mandamentos para Fazer de seu Filho um Provável Delinquente!

Post 47 

Não quero ser a dona da verdade, nem ofender a quem tem algumas dessas atitudes, ou comportamentos, mas pretendo, com esta lista, alertar pais, filhos e a sociedade para situações que favorecem, e muito, a criação inadequada dos filhos.
Quando não se toma cuidado com isso, depois, lá na frente, é possível prever um triste destino: para o próprio filho, para quem os criou e para a sociedade como um todo.
Muito cuidado, pois por aqui há muita gente se empenhando em seguir vários desses mandamentos com seu (sua) (seus) filho (a) (s).
1-    Nunca diga “não” a seu filho. Não negue nada a ele e permita que ele faça tudo o que quiser e tiver vontade, independentemente da hora, de quem, de onde e o que ele quer fazer;
2-    Dê razão a ele sempre e em todos os momentos em que ele tiver algum conflito, inclusive em família e ouça/acredite apenas na versão que ele lhe apresentar;
3-    Abasteça-o com todos os mimos e bens materiais que ele sonha ter e até com os que ele não sonha, pois ele sempre merece e deve ter de tudo do bom e do melhor e não o faça esperar para ter as coisas, mesmo que não sejam necessárias, ou você não tenha condições de arcar com essas despesas;
4-    Não o recrimine, desautorize ou reclame quando ele maltratar pessoas (parentes, amigos, empregados ou desconhecidos), animais (dele, dos outros ou encontrados na rua) ou coisas (dele, suas, da família, dos outros ou do patrimônio público);
5-    Dê a ele sempre boas quantias de dinheiro para uso livre e, quando ele contrair dívidas, apresse-se em pagá-las em seu lugar;
6-    Nunca cobre dele qualquer esforço físico, bom desempenho ou comportamento adequado e acoberte de todos, inclusive do seu conjunge, todas as falhas, erros e injustiças que ele venha a cometer;
7-    Poupe-o de tudo e nunca exija que ele se sacrifique ou faça algo pelo bem estar da família, pois em casa ele deve se sentir como um hóspede de luxo e, se ele fizer pelo menos a obrigação mínima que se espera dele, pague pelo “serviço”;
8-    Valorize e demonstre que apenas as coisas materiais, o sucesso a qualquer custo e o status das pessoas são importantes e menospreze a todos e a tudo que se refira a comportamentos éticos, honestos, frutos de esforço, trabalho ou dedicação;
9-    Considere-o uma pessoa perfeita e exprima sempre sua admiração e reconhecimento em todas as ocasiões e com todas as pessoas, mesmo que isso não seja verdade, ou ele não mereça;
10- Por fim, nunca o deixe esquecer que seu amor incondicional significa que você sempre o perdoará, haja o que houver, e que nunca ele será punido por seus erros, sejam eles quais forem e contra quem forem, se preciso assuma, inclusive, a culpa no lugar dele e seja inimiga de todas as pessoas de quem ele não gosta, ou que tiverem a petulância de criticá-lo, pois ele é o SEU filho querido!

A desculpa do meio ambiente para repassar os custos aos clientes! Post 46

por Maria Beatriz Lobo - maio 6th, 2012

A desculpa do meio ambiente para repassar os custos aos clientes!

Post 46

Por favor, ambientalistas de plantão, não quero diminuir a importância da contribuição de todos para a melhoria das condições do planeta. Nem pensar! Temos todos que cuidar do meio ambiente sim, mas a história das sacolinhas de plástico nos supermercados de São Paulo é de deixar a gente roxa de raiva!
- Primeiro: sim, quem tem, ou deseja usar embalagens próprias retornáveis para fazer suas compras, beleza!
- Segundo: Eu não ando no meu carro com dezenas de sacolas próprias para fazer, por exemplo, uma compra de mês! Acho bárbaro que se queira substituir as sacolas de plástico por outras que não agridam o meio ambiente, mas aí você chega no supermercado e escuta a frase: a senhora trouxe as suas sacolas? É claro que não! Tenho 2 carrinhos de compras e não há sacolas que eu saiba (de antemão) que serão suficientes para cada tipo de compra, ainda mais do tamanho da compra que eu fiz.
Aí vem a armadilha: o supermercado não tem mais sacola de plástico, mas tem para VENDER as sacolas “ambientalmente” mais corretas, no caso a 0,49 centavos cada!
Perdi as estribeiras: falei com a caixa que a OBRIGAÇÃO de quem vende é propiciar a embalagem que permita ao cliente levar as compras para casa. Aí levei um sermão: que os países mais desenvolvidos fazem a mesma coisa que eles estão fazendo! Eu perguntei que países ela já tinha conhecido para fazer tamanha e tão categórica afirmação e sei que a resposta é claro que nenhum!
Expliquei a ela e ao ajudante que fazia os pacotes que essa “lavagem cerebral” que fizeram neles, com este discurso para tentar deixar a gente de saia curta não pega em pessoas mais esclarecidas que viajam pelo mundo e está baseada em uma verdade parcial dos fatos.
Muitos cidadãos de outros países usam mesmo sacolas próprias para levar e pequena compra do dia a dia, mas quando não, na maioria dos países desenvolvidos, é a empresa que fornece as embalagens e a empresa que quer ser ambientalmente responsável é quem fornece as embalagens ecológicas sem repassar esse custo aos clientes!
De nada adiantou: são soldados de uma causa que vai suprimindo aos poucos os próprios empregos deles, porque em algum momento alguns supermercados vão dar as sacolas “corretas” de graça e a concorrência vai prevalecer, as vendas dos demais vai subir, as deles cair e são esses coitados (caixas, pacoteiros etc) bom de discursos é quem vão para a rua!
Expliquei a eles que entendia a política, mas não como uma obrigação compulsória e que não sairia de lá sem minhas compras e não compraria porcaria nenhuma de sacolinhas (inclusive para o supermercado ganha dinheiro em cima dessa venda, também, porque todos sabem que ganham sim!).
Aí veio a solução genial! As caixas de papelão! Dezenas delas (como se não fossem também uma agressão ao meio ambiente pelo corte de árvores, processos de tratamento de água etc). Devo ter levado junto milhões de carunchos, baratas e outros insetos ou pragas para casa.
Perguntei a ela como se sentia com as reclamações que recebia e ela me disse outra pérola: a senhora deveria reclamar com o dono do supermercado!
Eu rapidamente respondi: Quem? Aquele que fala com Deus? Ele está aqui para nos ouvir, nós os comuns mortais?
Se estivesse eu diria: põe a mão no bolso para bancar sua ação de marketing política correta que só repassa ao seu cliente os custos que são seus!

Vocês sabem qual o horário dos bancos nos EUA? Post 45

por Maria Beatriz Lobo - abril 6th, 2012

O horário de funcionamento dos bancos no Brasil é ridículo! Não sei se todos sabem, mas nos Estados Unidos, por exemplo, não há horário bancário fixo, cada Banco e agência atende às necessidades e aos seus correntistas como achar melhor. Com pequenas exceções, os bancos abrem das 9h00 às 17h00 durante a semana, das 9h00 às 14h00 aos sábados e alguns das 12h00 às 16h00 aos domingos. Alguns também abrem por algumas horas nos feriados, mesmo com todo atendimento eletrônico que eles tem. Por que nós brasileiros aceitamos esse horário bancário que tanto nos prejudica, passivamente?
Os Bancos no Brasil ganham dinheiro demais às nossas custas, mas as filiais em outros países cuidam bem melhor de seus clientes e tem horário para atender decentemente a todos.
Os sindicatos querem jornada de 40 horas sem perda de salários, mas por que não lutam por melhor atendimento bancário que daria mais emprego para tanta gente e beneficiaria a todos, em especial a quem trabalha e não pode perder horas nas filas!
Precisamos, a sociedade brasileira, dar um basta neste absurdo que não tem qualquer justificativa e fazermos um grande movimento na internet para cobrar mudanças urgentes primeiro no horário dos bancos, depois na quantidade de caixas, qualidade das agências etc.
Eu não sei como começar esse tipo de movimento, mas se alguém fizer, tô dentro!!!!

Alcançamos a marca de 50 mil Hits! Post 44

por Maria Beatriz Lobo - março 21st, 2012

Aos meus queridos leitores/blogueiros, quero enviar esta mensagem de júbilo e agradecimento por termos atingido a marca de 50.000 Hits de quase 10 mil visitantes de mais de 50 países que postaram mais de 1.500 comentários distribuídos nos 44 posts que tenho no Blog até o momento.
O campeão das visitas do Blog são os Estados Unidos com cerca de 43% do total. O Brasil hoje responde por cerca de 10% das visitas, seguido pela Alemanha com 8%, Reino Unido com 6% e França e Polônia empatadas com 4%.
Estes são dados do programa estatístico da plataforma WordPress na qual meu Blog foi construído e representam uma marca importante para um Blog em português, que possui textos longos e reflexivos.
Os comentários que foram postados (a imensa maioria em inglês) são muito elogiosos, mas espero ainda aumentar mais o contingente de visitas e comentários, em especial dos meus conterrâneos brasileiros.
Os números mostram que há espaço para quem pretende ajudar a discutir e introduzir novos pontos de vista sobre os mais variados assuntos. No meu caso, os posts do Blog são baseados em minha experiência profissional como educadora, gestora universitária, psicóloga e, sobretudo, como mulher, mãe, esposa e cidadã.
Obrigada e vamos em frente!

Como Melhorar o Atendimento de sua Organização? POST 43

por Maria Beatriz Lobo - março 18th, 2012

Sei, por experiência própria como consumidora, gestora e consultora que a maioria das organizações gostaria de afirmar que possui um atendimento de alto nível ao seu cliente, ou usuário e que também dispõe de mecanismos para garantir que esse padrão elevado não é isolado, mas  uniforme, ou seja, que há uma marca que distingue e, ao mesmo tempo, identifica a organização em todos os seus setores, em todos os seus pontos de venda, filiais ou franquias.
Aliás, muitas organizações propalam seu bom atendimento sem qualquer condição de comprovar e mensurar isso objetivamente (o que nos obriga a duvidar disso) e outras não conseguem “implantar em seu DNA”, por assim dizer, comportamentos que alguns funcionários espontaneamente desenvolvem em razão de suas características próprias e não como resultado de um programa institucionalizado voltado ao atendimento primoroso!
O que vemos é que as melhores organizações investem mais em treinamento e valorização (incluindo programas de incentivo) dos seus melhores funcionários, mas sofrem para manter em seus quadros os mais qualificados já que esses passam a ser alvo natural de cobiça e assédio por parte dos concorrentes que querem “roubar” exatamente esses talentos, os que se sobressaem, que quase sempre também são justamente os que receberam os maiores investimentos de treinamento e formação.
Já ouvi de muitos empresários que há um dilema insuperável entre gastar para treinar e acabar abastecendo a concorrência com seu melhor pessoal ou não treinar e sofrer os prejuízos (financeiros e de imagem) decorrentes de um atendimento sofrível, um dos maiores responsáveis pela falta de fidelização dos clientes, ou usuários.
Ah! Antes que eu me esqueça, queria explicar porque acabo usando mais de uma denominação para identificar a mesma pessoa: cliente, usuário, consumidor, cidadão, comprador, hóspede, paciente etc.
É porque ainda existe em muitas organizações (em especial nas sem fins lucrativos, nas públicas, nos governos, nas ligadas ao terceiro setor, enfim, nas que não são vistas como organizações empresariais) um pudor equivocado para entender que não importa como é denominada, pois toda organização depende desta pessoa para sobreviver, ou para justificar sua existência.
Como há pessoas (chamem como quiserem chamar) por trás da razão de ser de qualquer atividade, elas precisam ser atendidas e por isso o problema do atendimento é universal!
No Brasil e no mundo, a cadeia complexa do bom atendimento ainda é um desafio poucas vezes superado, mesmo todos admitindo que é um dos fatores mais importantes para satisfazer ou fidelizar o cliente (vejam que  estou resumindo todos aqueles substantivos em um só, cliente, ou seja, aquele que compra seu produto ou usa o seu serviço!).
Quando deixamos a cadeira de gestor, ou de proprietário e passamos para o lado de lá do balcão, ou da relação comercial, sabemos muito bem o que queremos do atendimento de uma organização, mas não sabemos como implantar exatamente isso na nossa!
A razão é tão simples em sua justificativa como é desafiadora em sua execução: o bom atendimento é resultado de uma cultura institucional e não da ação isolada de pessoas ou setores de uma organização!
Ou seja, não adianta treinar, monitorar, incentivar ou até punir pessoas em razão do bom ou do mau atendimento, porque isso não garante que a organização esteja voltada e preparada para impregnar seus processos e seus colaboradores com o compromisso de atender bem pela simples razão de que é assim que todos se sentem propensos a agir, pois tem respaldo estrutural e motivação subjetiva para agir sempre dessa forma.
A cultura do bom atendimento não se passa por palestras (mesmo que elas sejam necessárias para sensibilizar e preparar uma organização para caminhar nessa direção), nem se garante por meio de remuneração variável, ou aumento das comissões ou da participação em resultados, pois nem sempre vender mais significa vender melhor para vender sempre!
Uma organização que se destaca por um atendimento primoroso trabalha muito para chegar lá, começando fundamentalmente pelo(s) dono(s) que devem ser o exemplo que dará consistência e respaldo a essa cultura.
Também não depende só da boa vontade (quem disse que ter um bom SAC – o que, infelizmente, ainda poucas organizações possuem – significa praticar um bom atendimento?), ou da implantação de soluções mágicas, pois exige diagnóstico profissional, planejamento e ações específicas, avaliação permanente, sistemas de recompensa, capacitação e treinamento, compartilhamento e disseminação do senso de pertencimento, ou seja, do orgulho de pertencer àquela organização.
Quem está imbuído da cultura do atendimento primoroso sabe que ela ultrapassa a fronteira da organização e adentra à própria personalidade das pessoas, manifestada em todos os lugares em que ela se encontra, não só no trabalho, mas em casa, no restaurante, no ônibus ou na fila de uma repartição.
Gera aumento de exigência com seu próprio desempenho em todas as atividades e também em relação aos colegas de trabalho, às chefias, aos amigos e conhecidos, em todos os lugares que frequenta e para todas as demais organizações da qual for cliente ou vier a trabalhar, pois muda a forma como a pessoa vê o mundo e o outro e como se sente recompensada em tudo aquilo que faz.
Atender bem, saber servir sem ser servil é uma das qualidades mais difíceis de desenvolver e mais difícil ainda de manter.
Em compensação, uma organização que tem a cultura do atendimento primoroso realmente impregnada em suas decisões e em seu cotidiano, quando perde um colaborador sabe que o novo, ao chegar, será clamado a dançar no mesmo ritmo dos demais, que passam a não aceitar e ajudam a enquadrar quem está fora do compasso!

 

O Custo da Política Brasileira! Post 42

por Maria Beatriz Lobo - março 15th, 2012

Honestamente, não sei até quando o povo vai aguentar calado o desmando da política brasileira em todos os níveis. Assuntos que há 15 ou 20 anos jamais sairiam na imprensa sem causar furor, hoje aparecem como a coisa mais natural do mundo, como, por exemplo, o fisiologismo, a troca de votos por liberação de verbas e até mesmo o loteamento partidário de ministérios e estatais!
Se algum ministro cai (ou melhor, “pede para sair”) parece que tudo que havia de denúncias desaparece junto com ele. Se o que digo não for verdade, infelizmente as coberturas na imprensa e os processos na justiça não provam com clareza o contrário.
Sai ministro, entra o amigo do mesmo partido, ou seja, jamais as denúncias serão rigorosamente apuradas e nunca, nunca o dinheiro desviado aparece! Mesmo quando há processo e condenação, o dinheiro fica lá, para a regalia de quem o surrupiou. Não vejo que se faz muita coisa contra isso (até podemos fazer, por meio do voto, mas quem se apresenta hoje como candidato que seja realmente diferente?), mas a sociedade poderia, pelo menos, repudiar e agir com veemência em alguns casos emblemáticos: contra o aumento de vagas para as Câmaras e Assembléias Legislativas (sério, para que precisamos de mais vereadores, deputados etc?), ou sobre os custos que cada político representa para o erário, ou seja, para nosso bolso.
É preciso espalhar por todos os cantos informações e dados claros de quanto custam os parlamentares em outros países mais avançados e com a economia grande como a nossa, (ex: Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, França, Itália etc), quantos funcionários tem e os salários e verbas que possuem para cumprir com suas obrigações. Seria um bom choque de realidade!
Também deveríamos fazer algo para extinguir o político de um cargo só, ou seja, quem quer fazer carreira política pode ter só uma reeleição para o mesmo cargo, ou seja, não pode passar 20 anos no Senado, ou na Câmara, etc.
Pode-se até renovar as casas legislativas paulatinamente, cerca de metade das vagas a cada eleição, para manter a experiência dos que ficam com os ímpetos de quem chega.
Outro ponto: nos poderes legislativo e executivo só valeriam, após a reeleição permitida, eleições que representem uma ascendência do candidato, ou seja, não pode chegar a ser presidente e depois voltar a ser prefeito, governador, etc. Se chegou a senador, não volta a ser deputado, não é?
Resumindo: se for bem, avança; se não for, vai procurar outra fonte de renda.
Assim, abrem-se as portas para outras pessoas que não tem a máquina do governo na mão, nem as verbas pagas pelo contribuinte para financiar sua eleição, de moda a arejar a política. Com tantos habitantes, chega de concentrar tudo na mão de tão poucos por tanto tempo!
Isso não é para abater especificamente esse ou aquele partido ou político, mas para que possamos, minimamente, dar um passo em direção ao equilíbrio e ao bom senso para readquirirmos confiança no processo político.

Pena de Morte ou Prisão Perpétua? Post 41

por Maria Beatriz Lobo - março 10th, 2012

Perdi meu pai quando eu tinha apenas 8 anos de idade. Ele foi assassinado em um assalto de automóvel por 2 adolescentes na porta de nossa casa nova, do dia que mudávamos para lá. O caso foi intensamente coberto pela imprensa porque: os bandidos foram presos, sendo que um deles que tinha 14 anos foi linchado pelo povo e morreu na prisão e o outro, com cerca de 18 anos, foi a julgamento e quase foi absolvido.
Na época, mesmo chocadíssima, minha mãe rejeitou uma “oferta” de sumir com o bandido, feita por gente de dentro da delegacia, pois sempre defendeu que nada traria papai de volta e ela não poderia fazer justiça com as próprias mãos. Soubemos muito depois que em poucos anos o assassino foi solto, beneficiado pela lei de execuções penais, e matou mais 2 chefes de família antes de ser morto em confronto com a polícia.
Na época da nossa imensa perda, a idéia da pena de morte já me era simpática, pois sempre achei que certo tipo de monstro não tem mesmo recuperação (até porque não se tem mecanismos científicos de garantir que quem comete atos de barbarismo não vá repeti-los, em especial, nos casos com requintes de crueldade, contra desconhecidos e em série) e em vários momentos participei de discussões sobre o tema.
Com o tempo e a maturidade, posso dizer que mudei de idéia, mas não em virtude de avanços da legislação, ou de estudos neurológicos ou psicológicos que possam nos dar mais tranquilidade em relação à efetiva recuperação de assassinos contumazes.
Eu não defendo mais a pena de morte porque não confio na justiça e temo que gente inocente acabe sendo condenada sem chance de competir com a força do dinheiro, do poder e da política. Provavelmente, os que mais merecem a pena de morte talvez não fossem alcançados por ela, em virtude de todos os vícios dos processos jurídicos existentes e da corrupção que, com as exceções que confirmam a regra, viceja em muitos órgãos que tinham, por dever, nos defender.
Ao achar que o Brasil não está preparado para ter a pena de morte estou longe, mas muito longe de achar que a justiça está sendo feita na grande maioria dos casos de sequestro, estupro e assassinato, por motivos torpes e sem chance de defesa às vítimas. Falo em especial dos crimes cometidos por quem todos nós sabíamos (incluindo membros do próprio judiciário, que acabam se apegando à letra fria da lei atual) que tinha imensa chance de reincidir, com histórico carregado de mortes a sangue frio que se beneficia das medidas de progressão de pena para voltar às ruas e cometer os mesmos crimes, novamente.
Não pensem que sou daquelas que acha maravilhoso ver bandidos apinhados em celas que cabem 5 pessoas com 20 presos revezando quem dorme de pé, aquelas jaulas sem denominação possível de tão degradantes e horrorosas. Acho isso um absurdo também! E não tolerar isso, para mim, é defender os direitos humanos, e não achar que quem não tem cura, ou que cometeu certos tipos de crime tem condições de conviver com a sociedade.
Da mesma forma que nossas prisões são um escândalo, com o aumento da violência de toda espécie e o acúmulo de casos em que a justiça tem sido ineficaz, não dá para defender o atual sistema.
Se uma pessoa condenada não pode passar mais de 30 anos presa no Brasil, depois da terceira morte, provavelmente, um assassino pode ser considerado quase inimputável. Ou seja, quem comente muitos crimes não tem qualquer repercussão em sua vida prisional e acaba virando um “007 às avessas”, com direito de matar sem ter que temer por aumento da prisão efetiva!
Ao mesmo tempo, os custos dos presos e a ociosidade dos mesmos oneram a sociedade que gasta mais relativamente para manter cada preso do que para educar uma criança.
O trabalho diminui a pena, assim como o estudo, enquanto a família do preso recebe (nos casos previstos e pouca gente sabe disso) ajuda financeira do estado que muito trabalhador, ou doente ou aposentado nunca sonhou em receber.
Não sou advogada, não trabalho no judiciário e não tenho poder de mudar as leis, mas desafio alguém que seja capaz de defender o atual funcionamento da justiça no Brasil. Não venham dizer, também, que é feito o que a lei determina, pois esta é uma questão técnica que chuta para longe o cerne da questão, que é a essência de tudo: a justiça.
A nossa sociedade, quem trabalha e anda na linha e até mesmo quem já esteve do lado de lá, mas conseguiu (porque decidiu!) passar para o lado de cá, enfim, todos nós não podemos mais nos conformar com essa guerra civil disfarçada em que vivemos.
Se hoje não defendo a pena de morte, com absoluta certeza defendo a prisão perpétua, sem direito a qualquer benefício, para quem comente crimes hediondos, em especial assassinos em série, ou que voltam a cometer crimes após receberem o benefício de sair do regime fechado, ou algum indulto.
Além da aplicação da prisão perpétua em regime fechado, penso que é necessário discutir se não é hora de rever alguns “direitos” dos presos. Trabalhar é um direito ou uma obrigação (como todos nós aqui fora temos) do preso para poder se sustentar? Ficar em presídio mais próximo de sua moradia é um direito, quando milhares de pessoas são obrigadas a viver longe de casa para sobreviver?
Precisamos perguntar se, em certos casos, fazem mesmo parte dos direitos dos assassinos, traficantes, sequestradores e estupradores (e eu duvido que sejam, pois muitos países com sistemas avançados de justiça não os adotam) a tal visita íntima, ou as saídas para comemorar datas festivas com a família etc, para quem cometeu crime sexual, é pedófilo, ou acabou com a vida de alguém destruindo a família de outras pessoas.
Ou recrudescermos as penas para os crimes bárbaros e exigimos que elas sejam integralmente cumpridas ou veremos nossos filhos presos, em casa, para não ficarem à mercê das drogas e dos bandidos que, impunes, riem e vivem às nossas custas!

O Mundo vai acabar em 2012? (Post 40)

por Maria Beatriz Lobo - fevereiro 17th, 2012

Quantos programas de TV e reportagens de revistas falam sobre a opinião de muitas pessoas sobre o apocalipse que vai acabar com o mundo em 2012, a exemplo do que ocorreu na virada do milênio e em muitas outras ocasiões semelhantes?
Eu tive funcionários que nos dias que antecederam a virada do milênio estavam preparando roupas brancas e velas para esperar o fim do mundo deitados juntos com a casa trancada na virada do dia 31 de dezembro de 1999 para o dia primeiro de janeiro de 2000.
Eu via a tristeza deles em relação aos filhos e a dor que vem do fanatismo sem base (porque é a crença sem bom senso que leva ao fanatismo) e direcionados por um pastor, ou padre de uma igreja a quem eles seguiam sem pestanejar.
Tentei em vão demovê-los da idéia, mostrando que o mesmo ocorreu na virada para o século XX, mas nada funcionou até que sugeri que eles fossem falar com um PHD em física premiado nos Estados Unidos (que no caso é meu marido e que, por vezes, as pessoas que convivem conosco esquecem a qualidade e reconhecimento de seu trabalho) que disse que eles deveriam aceitar os argumentos científicos existentes contra a tese do fim do mundo com data marcada.
Eles ouviram todos os argumentos, acalmaram-se um pouco, abriram mão do ritual que estava preparado, mas continuaram desconfiados…
Após a passagem do ano novo (na qual nada ocorreu como todos já sabíamos) aproveitei para questionar com eles se não deveriam levar esta incoerência (para falar o mínimo) de orientação ao líder da igreja e, para minha surpresa, eles continuaram seguindo-o, e à religião, sem qualquer questionamento de tamanho erro de “postulado”!
Por isso é que a ignorância alimenta a ilusão dos incautos. Pessoas seguem outras pessoas que juram conhecer mistérios ou fazem premonições (os fatos que estariam pré-determinados), mas não sofrem as consequências dos fracassos de suas próprias afirmações, ou “premonições”.
O mínimo que se espera de qualquer liderança é a defesa da verdade, por isso, quem continua acreditando em quem faz essas previsões apocalípticas que nunca acontecem merece mesmo sofrer um bocado!

Luxo ou Higiene? (Post 39)

por Maria Beatriz Lobo - fevereiro 13th, 2012

Você gosta de encontrar um banheiro de uso público limpo e higienizado?
Todos gostam! Por isso, talvez poucas pessoas imaginem a motivação que tive para escrever esse texto, mas a resposta é simples: tenho reparado o quanto o Brasil é atrasado e descuidado com a higiene dos banheiros de uso comum.
Não estou sequer falando dos banheiros denominados públicos, que ficam em praças, nas ruas, ou em locais estratégicos onde se acumula normalmente grande número de pessoas, nem dos banheiros químicos (ou da falta deles) necessários em grandes eventos ao ar livre. Esses nem vou falar para não morrer de vergonha!
Como a maioria do público que acessa a internet e entrará no meu blog provavelmente não usa, normalmente, banheiros públicos, quero chamar a atenção para os banheiros dos cinemas, dos teatros e, em especial, dos grandes shoppings.
Quando viajo para fora do país, ultimamente, mais para os Estados Unidos, verifico que TODOS, praticamente todos os banheiros de uso comum, além de estarem limpos, com todo o material necessário, dispõe de protetor de assento.
Isso acontece desde os grandes e luxuosos hotéis e restaurantes, como nos locais de visitação pública e em todo tipo de comércio, inclusive em lojas e lanchonetes mais simples, cujos preços são bem baratos. É claro que deve haver exceção, mas esse foi um fato tão presente nas viagens que fizemos que, quando eu voltei ao Brasil acabei reparando mais nisso.
Não tive nenhuma surpresa ao perceber que isso não é comum aqui nem em aeroportos, nem em museus, ou outros locais de visitação.
Entretanto, sinceramente, fiquei perplexa ao visitar 3 dos mais luxuosos shoppings da cidade de São Paulo – esses cujos preços do metro quadrado das lojas estão entre os mais altos do mundo – com o luxo dos banheiros em geral, os pisos e paredes de mármore colorido, as louças finas de última geração, temporizadores nas torneiras e secadores de mão elétricos (tudo ecologicamente correto!).
O que mais os banheiros desses lugares tem em comum, além do luxo? Nenhum, mas nenhum deles tinha papel para proteger o assento do vaso sanitário (seja o protetor de papel descartável, ou aquele de plástico que envolve a tampa e troca sozinho quando acionamos o sensor!).
Cheguei a uma triste conclusão: os grandes donos de shoppings acham (e tem razão de achar já que não devem receber reclamações suficientes para tomar uma atitude) que onde existem as maiores e mais famosas grifes do mundo e circulam as beldades das classes A e A+, a infraestrutura precisa aparentar muito luxo, muita ostentação, mas…não ter muita higiene.
Afinal, deve sair muito caro para esses templos de consumo garantir que os vasos sanitários nos quais sentamos (em especial as mulheres por motivos óbvios) estejam higienicamente protegidos e evitem a transmissão de doenças.
Cada povo tem mesmo o banheiro que merece?

Mayra Aguiar está de parabéns com a medalha de ouro no Judô! (post 39)

por Maria Beatriz Lobo - fevereiro 5th, 2012

É muito bom ver o Brasil ganhar uma medalha de ouro no Judô, no Grand Slam de Paris, com lutas excelentes que venceu com agressividade e bons golpes.
Com muitos atletas ganhando suas medalhas por falta de combatividade dos adversários, a brasileira Mayra Aguiar ganhou com uma postura vencedora e tomando a iniciativa dos golpes, tendo vencido inclusive a número um do ranking mundial na semi final do torneio!
Parabéns e vamos ver se no Judô masculino, Rafael Silva consegue o mesmo feito, já que ele está na final com o atleta da casa que é campeão mundial!